Gabriel Haesbaert (Diário de Santa Maria)
Organizado por entidades empresariais, manifestantes se reuniram na Praça Saldanha Marinho com apitos e defenderam o fim da impunidade
Enquanto petistas santa-marienses e apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participavam do ato com a presença do petista, no início da noite desta terça-feira, em Porto Alegre, quase no mesmo horário, em Santa Maria, lideranças empresariais da cidade realizavam manifestação em favor da Justiça e contra a impunidade.
Assistência de acusação do Caso Kiss vai pedir preservação do prédio da boate
Segundo o coordenador do PT na Região Centro, Paulo Conceição, mais de mil petistas de Santa Maria e municípios vizinhos participaram de manifestações que vêm ocorrendo desde segunda-feira na capital gaúcha, onde Lula será julgado, na quarta-feira, em segunda instância, pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4).
Segundo Conceição, 15 ônibus partiram de cidades da região Centro rumo a Porto Alegre, desde segunda. Somente de Santa Maria, conforme o dirigente, partiram cinco ônibus, todos lotados. Houve, também, militantes que se deslocaram de carro a Porto Alegre. Conforme Conceição, apesar da grande mobilização e do aparato de segurança na capital, o clima era de tranquilidade na terça-feira à tarde.
Ex-integrante da ONU fala sobre desarmamento em palestra na UFSM
Já em Santa Maria foi realizado o ato "Apito final para a impunidade", organizado por sindicatos e entidades empresariais. Participaram representantes da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Santa Maria (Cacism), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e Sindicato dos Lojistas (Sindilojas), entre outras. Com apitos e bandeiras do Brasil, os participantes manifestaram apoio ao juiz Sergio Moro, que condenou Lula, e se solidarizaram com os desembargadores do TRF4 que decidirão o destino do ex-presidente.
- Queremos que a Justiça prevaleça. Não somos nem contra nem a favor de ninguém. A gente quer que os condenados sejam punidos 0150 disse o presidente da Cacism, Rodrigo Decimo.
Segundo o dirigente, "em um Estado democrático de direito, as decisões judiciais têm de ser respeitadas".